Após anos de incertezas e adaptações, o turismo brasileiro exibe sinais claros de recuperação e crescimento robusto. A reabertura gradual das fronteiras, aliada a políticas de incentivo e ao desejo intenso de experiências, impulsionou um cenário de retomada que inspira otimismo em empreendedores e viajantes.
Este artigo apresenta um panorama completo dos principais números, segmentos em ascensão, impactos sociais e desafios futuros, garantindo que gestores e profissionais do setor encontrem informações práticas para aproveitarem essa onda de prosperidade.
Em 2025, o turismo no Brasil atingiu resultados históricos. No primeiro trimestre, o turismo brasileiro registrou crescimento de 5,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, marcando o décimo trimestre consecutivo de alta. Esse movimento foi acompanhado por um faturamento recorde de R$ 55,4 bilhões, superando o desempenho pré-pandemia de 2014.
As projeções divulgadas pela WTTC indicam que, ao longo de 2025, o setor poderá movimentar US$ 167 bilhões em 2025, representando 7,7% do PIB nacional. Esse aporte deve sustentar quase 8% do mercado de trabalho brasileiro, com previsão de alcançar 8,2 milhões de empregos estimados até o final do ano.
O avanço no turismo não acontece de forma homogênea; alguns segmentos se destacam pela força no faturamento e na geração de vagas:
Esses números comprovam que, além do fluxo de visitantes, o setor de serviços correlacionados é vital para a sustentabilidade econômica das cidades e regiões turísticas.
A abertura de mais de 62.481 vagas com carteira assinada entre janeiro e março de 2025 reflete o papel do turismo como gerador de emprego e renda. Comparado ao patamar pré-pandemia, o setor soma cerca de 500 mil empregos a mais, beneficiando diretamente famílias e comunidades.
Além disso, o turismo contribui para elevar o salário real, com aumento médio de 0,52%, e impulsiona o consumo das famílias em 0,14%. Os dados revelam que a atividade não só movimenta economias locais, mas também promove inclusão social e reforça o protagonismo de pequenas empresas indenpendentes.
O crescimento não é uniforme em todo o país. Enquanto estados como Rio de Janeiro, Ceará e Bahia lideram, outras unidades federativas enfrentam desafios sazonais.
Por outro lado, regiões como Mato Grosso (-9,7%), Roraima (-7,1%) e Rio Grande do Sul (-6,3%) mostram retração, atribuída a fatores climáticos e à concentração de atividades em períodos específicos do ano.
O perfil do viajante vem se transformando. Hoje, busca-se experiências personalizadas e responsáveis, com foco em preservação ambiental e valorização das comunidades locais. Essa tendência estimula práticas que minimizam impactos negativos e promovem avaliações de sustentabilidade e responsabilidade em roteiros e serviços.
Empresas que adotam certificações verdes e estimulam o turismo comunitário ganham destaque, atraindo um público disposto a investir mais em experiências autênticas e de baixo impacto.
A recuperação acelerada pode ser atribuída a uma combinação de ações coordenadas por governos e iniciativa privada. Entre as estratégias mais relevantes estão:
O fortalecimento do turismo de negócios e a retomada do turismo internacional — com alta de visitantes de países vizinhos e dos EUA — reforçam esse movimento.
Apesar do otimismo, o setor enfrenta desafios essenciais para manter o ritmo de crescimento. A infraestrutura ainda carece de investimentos contínuos, especialmente em aeroportos e estradas. O aperfeiçoamento de serviços de segurança e a capacitação profissional também são pontos críticos.
A previsão de alta de 3,8% nas receitas em 2026 dependerá da continuidade de incentivos e investimentos em infraestrutura e do desenvolvimento de produtos turísticos que vão além dos grandes centros urbanos. Destinos menos explorados podem se tornar novas joias do turismo brasileiro, desde que recebam atenção estratégica.
O reaquecimento dos setores de turismo e lazer no Brasil oferece uma janela de oportunidade para gestores, investidores e profissionais que desejam surfar essa onda de prosperidade. Com dados robustos, geração expressiva de empregos e um público mais consciente, o momento é de ousadia e inovação.
Ao apostar em sustentabilidade, diversificação de destinos e qualidade de serviços, o país tem todas as condições de superar recordes históricos e consolidar-se como referência mundial. Para quem deseja transformar esse cenário em histórias de sucesso, o caminho passa pela combinação de planejamento sólido, parcerias estratégicas e atenção às tendências do novo viajante.
Referências