Viajar pelo mundo é um convite a novas culturas, sabores e experiências inesquecíveis. Mas, para que a aventura seja realmente leve, é fundamental planejar cada detalhe financeiro com antecedência. Uma solução inteligente para reduzir custos e ter mais autonomia nas despesas é abrir uma conta em moeda estrangeira.
Neste artigo, vamos explorar em profundidade o funcionamento dessas contas, as vantagens, os custos envolvidos e como usá-las de forma prática e segura durante suas viagens.
Uma conta em moeda estrangeira é uma conta bancária cuja denominação é feita em moedas diferentes do real, como dólar ou euro. Em geral, essas contas estão sediadas no exterior, mas podem ser acessadas por brasileiros por meio de bancos digitais ou instituições tradicionais autorizadas.
Elas oferecem acesso via cartão de débito internacional, transferências eletrônicas e saques em caixas automáticos conveniados, permitindo que o viajante mantenha saldo em moeda local e pague diretamente em estabelecimentos sem conversão adicional.
Se você já se decepcionou com o valor final de uma compra no exterior ou perdeu dinheiro devido à flutuação cambial, entender os benefícios dessas contas pode transformar sua forma de viajar:
Qualquer brasileiro maior de 18 anos pode solicitar uma conta em moeda estrangeira em fintechs como Wise, Nomad, Revolut e outras. O processo costuma envolver:
1. Cadastro no aplicativo ou site da instituição.
2. Envio de documentos pessoais para verificação de identidade.
3. Confirmação de endereço e, em alguns casos, comprovante de renda.
Após a aprovação, você recebe as credenciais de acesso e, em geral, um cartão de débito físico ou virtual para usar em viagens.
Em junho de 2025, as operações de câmbio, incluindo transferências para contas internacionais, passaram a ter alíquota única de 3,5% de IOF. No entanto, a recente decisão do Congresso reduziu o IOF de cartões de débito globais para apenas 1,1%, tornando-os uma alternativa muito vantajosa.
As contas em moeda estrangeira devem ser declaradas na ficha “Bens e Direitos” do IRPF, no grupo “6 – Depósito à Vista e Numerário” e código “11 – Dinheiro em Espécie – Moeda Estrangeira”.
É obrigatório para valores superiores a R$ 140 incluir o saldo dessas contas na declaração anual. O não preenchimento pode levar à malha fina e acarretar multas e outras penalidades.
Para carregar a conta, basta fazer um PIX para a conta local da fintech no Brasil. O aplicativo converte automaticamente para a moeda escolhida com a taxa exibida antes da confirmação.
Durante a viagem, você pode:
- Sacar em caixas eletrônicos conveniados;
- Pagar em estabelecimentos que aceitam cartões;
- Fazer transferências para contas locais do país de destino.
Embora muito vantajosas, estas contas também têm pontos de atenção:
Vale a pena considerar o uso de contas em moeda estrangeira para:
- Turistas que viajam frequentemente;
- Profissionais freelancers e nômades digitais;
- Pequenas empresas que fazem transações internacionais.
Ao adotar uma conta em moeda estrangeira, você ganha controle total sobre seus gastos e a tranquilidade de saber exatamente quanto está pagando, sem surpresas desagradáveis na fatura do cartão ou perda de dinheiro em conversões inesperadas.
Com planejamento e uso consciente dessas ferramentas, suas viagens podem se tornar muito mais leves, econômicas e seguras. Explore as opções disponíveis no mercado, compare tarifas e escolha a conta que melhor se encaixa no seu perfil de viajante. Assim, cada destino poderá ser aproveitado ao máximo, sem que a preocupação financeira roube o brilho da aventura.
Referências