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Tenha controle sobre dívidas existentes

Tenha controle sobre dívidas existentes

24/08/2025 - 02:23
Bruno Anderson
Tenha controle sobre dívidas existentes

Em tempos de incertezas econômicas, encontrar equilíbrio financeiro não é apenas um sonho, mas uma necessidade para milhões de brasileiros. Saiba como assumir o comando das suas dívidas e construir um futuro mais estável.

Panorama do endividamento no Brasil

Dados recentes revelam que, em outubro de 2024, mais de 73,1 milhões de pessoas estavam endividadas, segundo a Serasa. Esse número representa a segunda maior marca do ano, evidenciando o desafio nacional de controlar as contas.

Em abril de 2025, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontou que 77,6% das famílias brasileiras tinham algum tipo de dívida, número que cresceu em relação aos 76,7% registrados em dezembro de 2024.

O comprometimento de renda com dívidas atingiu 27,2% em fevereiro de 2025, o maior índice desde julho de 2023, quando foi lançado o programa Desenrola Brasil. O valor médio de cada débito chegou a R$ 1.588, totalizando R$ 438 bilhões em todo o país.

Causas do endividamento crescente

Fatores macroeconômicos, como a inflação acumulada de 5,53% nos 12 meses até abril e a alta da taxa básica de juros, agravam o cenário. Além disso, muitos brasileiros enfrentam planejamento financeiro inadequado ou lidam com emergências médicas inesperadas.

O desemprego e o descontrole do consumo, impulsionado por ofertas facilitadas de crédito, também colaboram para o aumento da inadimplência. A fragilidade da renda média e os efeitos prolongados da pandemia mantêm a pressão sobre o bolso das famílias.

Dicas práticas para retomar o controle

Assumir o protagonismo na gestão das suas finanças exige disciplina e estratégia. A seguir, ações concretas que podem ajudar:

  • Levantar e organizar todas as dívidas: anote valores, prazos, credores e taxas de juros para ter visão clara.
  • Negociar as condições de pagamento: busque descontos, parcelamentos e portabilidade para taxas mais baixas.
  • Priorizar dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial.
  • Evitar novas dívidas enquanto houver pendências em aberto.
  • Montar um orçamento realista, controlando gastos essenciais e definindo metas de economia.
  • Criar uma reserva de emergência de três a seis meses de despesas.
  • Consultar linhas de renegociação, como programas governamentais e feirões de negociação da Serasa.
  • Investir em educação financeira para planejamento de médio e longo prazo.

Impactos sociais e pessoais

Altos índices de inadimplência levam a restrições de crédito, impossibilitando novas compras e investimentos. No plano pessoal, o estresse financeiro afeta saúde mental, relacionamentos e produtividade no trabalho.

Famílias endividadas muitas vezes deixam de participar de atividades culturais e educativas, reduzindo a qualidade de vida. A pressão constante de cobranças pode gerar ansiedade e comprometer o bem-estar coletivo.

Perspectivas para 2025 e além

O risco fiscal moderado, aliado a uma base forte de investidores domésticos, indica que a dívida pública brasileira pode se manter sob controle. No entanto, a estabilização da inadimplência depende da retomada do crescimento econômico e do controle da inflação.

Políticas públicas voltadas à educação financeira e à oferta de crédito responsável podem fortalecer a capacidade das famílias de honrar compromissos. A conscientização sobre o consumo sustentável também se mostra essencial.

Assuma a responsabilidade pelo seu futuro: com organização, negociação e planejamento, é possível reduzir o endividamento e trilhar o caminho para uma vida financeira equilibrada.

O primeiro passo começa agora. Analise seu orçamento, trace metas e celebre cada conquista rumo à liberdade financeira.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

Bruno Anderson