Em 2025, o Brasil testemunha uma profunda revolução em suas práticas comerciais e sociais, impulsionada pela digitalização acelerada e transversal. De microempreendedores a grandes conglomerados, o país ajusta suas estruturas para competir em um mercado cada vez mais conectado e global.
Dados recentes do Sebrae revelam que 76% dos micro e pequenos empreendedores utilizam computadores em suas operações, um recorde histórico que demonstra o ritmo intenso de transformação. A adoção de aplicativos, softwares e programas integrativos alcançou 47% das empresas, um avanço de 20 pontos percentuais desde 2018.
O acesso à internet, praticamente universalizado em 98% dos negócios — próprios ou de terceiros —, pavimenta o caminho para práticas digitais inovadoras. Décio Lima, presidente do Sebrae, reforça que “a digitalização é um caminho sem volta”, fundamental para ampliar relacionamentos e oportunidades no mercado global.
Os bancos tradicionais aceleram iniciativas de embedded finance e análise preditiva, buscando manter relevância diante de fintechs ágeis. A introdução do DREX (Real Digital) e novas regulações em meios de pagamento impulsionam mudanças profundas na forma como lidamos com moedas e transações.
Parcerias estratégicas entre grandes instituições e startups promovem um ecossistema dinâmico, que combina a base consolidada dos bancos com a inovação disruptiva das fintechs. Soluções de atendimento omnichannel e desenvolvimento rápido de produtos tornam o sistema bancário mais acessível e inclusivo para todas as camadas da população.
O setor agropecuário brasileiro, ícone de produtividade, adota inteligência artificial e IoT para monitorar plantações em tempo real, prever safras e otimizar recursos hídricos. Essas práticas elevam a sustentabilidade e a eficiência, gerando vantagem competitiva internacional e reduzindo custos operacionais.
Produtores familiares também ganham acesso a essas tecnologias por meio de cooperativas e parcerias com startups, garantindo que o desenvolvimento digital chegue a todas as regiões do país.
No campo da saúde, startups nacionais e hospitais investem em telemedicina, diagnósticos assistidos por IA e gestão hospitalar digital. Ferramentas de análise de dados permitem previsões de surtos e otimização de leitos, proporcionando atendimento remoto personalizado e maior segurança ao paciente.
A educação, por sua vez, se beneficia de plataformas adaptativas e soluções de ensino remoto. Alunos em áreas remotas agora têm acesso a conteúdos personalizados e interativos, que se ajustam ao ritmo de aprendizado de cada estudante. Essa democratização do ensino reflete-se em melhorias nos índices de alfabetização e no fortalecimento de habilidades digitais desde a base.
O turismo tradicional encontra novas formas de encantamento por meio de experiências digitais. Agências oferecem roteiros personalizados, realidade aumentada em pontos turísticos e reservas online integradas a plataformas de avaliação social.
Artesãos e pequenos negócios de produtos locais utilizam redes sociais e marketplaces para apresentar a cultura brasileira ao mundo, contando histórias por trás de cada peça. A valorização do patrimônio imaterial ganha reforço com campanhas de turismo digital e colaborações entre governos e iniciativa privada.
Mesmo com avanços expressivos, obstáculos persistem. Regiões rurais e pequenas empresas enfrentam limitações de infraestrutura e acesso qualificado à tecnologia. A atuação do Sebrae, por meio de programas de capacitação e consultorias, é crucial para superar essas barreiras.
Essas ações garantem que a digitalização gere inclusão digital e desenvolvimento regional, permitindo que até pequenos negócios se conectem a mercados externos e ampliem suas fronteiras comerciais.
O caminho traçado é de adaptação contínua e colaboração entre atores tradicionais e inovadores. O Brasil desponta como um hub emergente de inovação, capaz de produzir soluções globalmente competitivas.
Novos modelos de negócios, como o embedded finance nos mais diversos setores e o uso de dados para serviços personalizados, moldarão a economia do amanhã. A digitalização, longe de ser um modismo, consolidou-se como alicerce para a competitividade internacional e a prosperidade social, garantindo que o país avance em direção a um futuro próspero e conectado.
Referências