Em março de 2025, o governo brasileiro, por meio da Câmara de Comércio Exterior (Camex), adotou a política de zerar o imposto de importação de nove alimentos essenciais. O objetivo é reduzir os preços ao consumidor e aumentar a disponibilidade de itens da cesta básica. Essa iniciativa faz parte de um pacote amplo que envolve financiamento agrícola e regulação de estoques pela Conab, buscando equilibrar oferta, demanda e manter a dignidade alimentar da população.
Produtos com isenção de imposto são aqueles que, mesmo sendo importados, não carregam tarifas de importação. Isso significa que o valor pago pelo importador pode ser menor, o que tende a pressionar o preço final para baixo. Para identificar esses itens, fique atento ao NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) e à sinalização nas gôndolas, muitas vezes exibindo selos informativos ou etiquetas específicas.
Além disso, aplicativos de comparação de preços e revistas de consumo costumam listar códigos e características que facilitam a escolha consciente. Ao conhecer detalhes como o tratamento tributário, o consumidor passa a ter mais poder de negociação e pode planejar compras para garantir economia significativa no orçamento familiar.
A medida de isenção de imposto para alimentos básicos busca reduzir pressões inflacionárias e garantir abastecimento, principalmente em momentos de alta de preços internacionais. Ao diminuir o custo de importação, espera-se que haja uma concorrência maior entre produtos nacionais e estrangeiros, beneficiando quem faz as compras do dia a dia.
Confira a seguir a tabela com os principais produtos beneficiados pela tarifa zero em 2025:
Note que frango e porco ficaram de fora da lista, concentrando-se em itens considerados mais sensíveis para a cesta básica. A ampliação das cotas, como no caso do óleo de palma, visa garantir abastecimento mesmo em situações de demanda elevada ou oscilações internacionais.
Apesar dos pontos positivos, há renúncia de receita de R$ 650 milhões ao ano. Esse valor é calculado com base nas alíquotas anteriores e na estimativa de volume importado. A ausência de prazo definido gera incerteza para o planejamento fiscal, enquanto custos de transporte e câmbio podem reduzir a eficácia na redução de preços.
Outra limitação é a concentração em apenas nove produtos, o que restringe o alcance da política. Nem todos os itens da cesta básica foram contemplados, deixando fora carnes de frango e suínos, por exemplo. Isso reforça a necessidade de ações complementares para garantir abrangência e estabilidade no abastecimento.
Para amplificar o efeito da isenção, o governo implementou outras medidas que visam fortalecer o setor agrícola e assegurar estoques:
É fundamental que o consumidor esteja informado e atento às oportunidades. Confira dicas práticas para aproveitar ao máximo a política de isenção:
- Consulte etiquetas e códigos NCM.
- Utilize aplicativos de comparação de preços.
- Priorize itens sinalizados como isentos.
- Planeje suas compras em mercados com ofertas especiais.
Ao adotar essas estratégias, você assegura economia significativa no orçamento familiar e contribui para uma demanda mais consciente, estimulando varejistas a manter prêmios de preço mais baixos.
Por fim, escolher produtos com isenção de imposto é uma forma de exercer cidadania, garantir o direito ao acesso a alimentos básicos e impulsionar práticas de consumo responsável. A medida não só combate a inflação dos alimentos, mas cria condições para que mais pessoas tenham acesso digno à alimentação, reforçando o compromisso social e econômico de toda a sociedade.
Referências