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Prefira fundos de baixo custo para maximizar o retorno

Prefira fundos de baixo custo para maximizar o retorno

16/09/2025 - 06:39
Bruno Anderson
Prefira fundos de baixo custo para maximizar o retorno

Investir em fundos imobiliários hoje exige atenção especial às taxas e custos. Ao priorizar opções de menor despesa, o investidor aumenta a eficiência do capital e potencializa o desempenho líquido.

Custo e Retorno: a Relação Direta

Em mercados que remuneram pouco o gestor pelo desempenho, maior parte do retorno bruto fica com o investidor. Uma taxa de administração elevada reduz automaticamente os ganhos acumulados ao longo dos anos.

Regulações europeias recomendam custos simplificados e transparentes, permitindo que pequenos investidores acessem fundos sem pesar no bolso. Recursos poupados em encargos administrativos podem ser direcionados aos ativos-alvo.

No segmento de fundos imobiliários (FIIs), a taxa de administração costuma variar entre 0,5% e 2% ao ano. Há opções com isenção de taxa de performance, vantajosas para quem busca elevar o retorno líquido.

Exemplos Práticos no Segmento de FIIs

O IFIX atingiu máxima histórica em maio de 2025, com valorização superior a 10% no ano. Apesar do bom desempenho, muitos cotistas encontram oportunidades de compra abaixo do valor patrimonial.

  • EDGA11: desconto aproximado de 26% e retorno de quase 20% em 2025.
  • KNSC11: patrimônio líquido de mais de R$ 1,8 bilhão; R$ 1.000 investidos há cinco anos seriam R$ 1.474,10 com reinvestimento de dividendos.
  • BTCI11: negocia a 0,91x valor patrimonial, dividend yield de 12,26% nos últimos 12 meses, cota a R$ 9,80.

Esses exemplos ilustram como descontos no valor patrimonial podem gerar margens de segurança e potencial de valorização futura.

Características de Fundos de Baixo Custo

Antes de escolher um fundo, observe:

  • Taxa de administração anual reduzida (ideal abaixo de 1,0% ao ano).
  • Ausência ou mínima taxa de performance em fundos de papel e logísticos.
  • Baixa rotatividade de ativos, diminuindo custos indiretos de operação.
  • Alta liquidez das cotas, evitando spreads amplos na negociação.
  • Transparência na divulgação de custos e relatórios periódicos.

Fundos que combinam essas características costumam entregar melhor relação entre risco e retorno ao longo do tempo.

Resultados Históricos e Comparativos

Comparar a performance de fundos com benchmarks como CDI revela a eficiência dos fundos de baixo custo. Veja o histórico de alguns FIIs:

Os números confirmam que fundos com custos menores tendem a superar benchmarks conservadores, gerando valor real para o investidor.

Tendências e Vantagens Atuais

Com a Selic em níveis elevados, fundos de papel indexados a CDI e IPCA ganham protagonismo. Esse cenário favorece a segurança e a previsibilidade de rendimentos.

Para 2025, espera-se recuperação do mercado imobiliário, o que pode impulsionar FIIs comprados a preços descontados quando o ciclo era de incerteza macro.

O efeito de juros compostos se fortalece quando mais capital permanece investido, razão pela qual taxas baixas são tão importantes para reinvestimento de dividendos.

Riscos e Considerações Finais

Nem todo fundo barato representa uma boa oportunidade. É crucial analisar:

  • Motivos do desconto: vacância elevada, imóveis problemáticos ou má gestão.
  • Qualidade e diversificação do portfólio.
  • Histórico de vacância e inadimplência.
  • Liquidez média diária das cotas.

Ao combinar desconto de preço e baixo custo com gestão sólida, o investidor maximiza as chances de retorno real no longo prazo.

Em síntese, priorizar fundos de baixo custo é uma estratégia comprovada para maximizar retornos líquidos e garantir maior eficiência no uso do capital. Analise as características mencionadas, compare performances ajustadas por taxa e aproveite oportunidades no mercado brasileiro de FIIs.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

Bruno Anderson