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Prefira fundos de baixo custo para maximizar ganhos

Prefira fundos de baixo custo para maximizar ganhos

21/01/2025 - 05:39
Matheus Moraes
Prefira fundos de baixo custo para maximizar ganhos

Em um mercado cada vez mais competitivo e desafiador, escolher fundos de investimento com custos enxutos pode ser a chave para potencializar seus rendimentos no longo prazo.

Importância dos custos em fundos de investimento

Os custos embutidos em um fundo de investimento, como a taxa de administração e a taxa de performance, exercem impacto direto sobre a rentabilidade líquida do investidor. Em muitos casos, fundos ativos com taxas elevadas de administração não conseguem superar sequer o índice de referência após a dedução desses encargos.

No primeiro trimestre de 2025, apenas 20 dos 60 principais fundos de ações superaram o Ibovespa, enquanto diversos gestores tradicionais ficaram abaixo do benchmark ou da taxa do CDI após custos. Com o índice preço/lucro da Bolsa brasileira em 9,4x — inferior à média histórica de 12,1x — as oportunidades existem, mas exigem atenção redobrada sobre as despesas cobradas pelos fundos.

Diferença de performance: fundos de baixo vs alto custo

A comparação entre fundos de baixo e alto custo evidencia como pequenas diferenças anuais nas tarifas podem se transformar em dezenas de pontos percentuais de retorno perdido ao longo de uma década. A seguir, um panorama das características típicas de cada categoria:

* Rentabilidade líquida = rentabilidade bruta – custos (taxa de administração, performance etc).

Fundos imobiliários: custos vs yields

No contexto de Selic a 14,75% ao ano em 2025, um FII precisa entregar dividend yield de ao menos 15% para ser competitivo. Além disso, fundos com P/VP entre 0 e 1 mostram potencial de valorização e reduzem o risco de sobrepreço na aquisição de cotas.

A liquidez também deve ser considerada como fator de escolha. Fundos de baixo custo que apresentam volume negociado consistente permitem que o investidor entre e saia sem distorções significativas de preço, preservando ganhos e minimizando perdas em situações de estresse.

Fundos recomendados para 2025

Com base no desempenho histórico e na estrutura de custos, destacam-se opções de ações e FIIs que combinam eficiência e resultados consistentes:

Ações que superaram o índice no início de 2025:

  • Alaska Institucional
  • Nord 10X
  • Nord Melhores Fundos FoF Ações

FIIs recomendados:

  • FII Urca Prime Renda (URPR11)
  • Valora Renda Imobiliária (VGRI11)
  • TG Ativo Real (TGAR11)
  • Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
  • TRX Real Estate (TRXF11)

Estratégia de seleção para fundos de baixo custo

Ao montar uma carteira focada em eficiência de custos, alguns critérios são essenciais para garantir escolhas sólidas e alinhadas aos objetivos financeiros:

  • Taxa de administração inferior a 1%: taxas mais baixas preservam maior parcela da rentabilidade.
  • Ausência ou redução expressiva da taxa de performance.
  • Histórico consistente de rentabilidade líquida versus CDI, Ibovespa ou IFIX.
  • Volume negociado e liquidez adequados para entradas e saídas sem perdas significativas.
  • Gestores com filosofia de baixa rotatividade e foco em processos eficientes.

Vantagens objetivas dos fundos de baixo custo

Investir em fundos com despesas reduzidas traz benefícios claros:

1. Maximização do efeito dos juros compostos: menos custos anuais resultam em maior reinvestimento de ganhos, acelerando o crescimento patrimonial.

2. Menor risco de underperformance, pois o fundo precisa render muito menos acima do benchmark para entregar valor real ao cotista.

3. Democratização do acesso: muitos fundos de baixo custo permitem aportes iniciais menores, abrindo espaço para pequenos investidores participarem de ativos antes restritos.

Contexto de mercado em 2025

Mesmo com a Bolsa acumulando alta de 8,29% no ano, o cenário macroeconômico segue marcado por inflação projetada em 5,5%, reforma tributária em discussão e crescimento econômico moderado. Esse ambiente exige rigor na relação risco-custo-benefício, favorecendo estrategistas que selecionam fundos eficientes e de baixas despesas.

Considerações finais

Imagine um fundo que cobra 2% de administração ao ano. Num horizonte de dez anos, essa diferença pode consumir dezenas de pontos percentuais do retorno composto, comparado a um fundo de 0,5%. Por isso, é fundamental:

- Analisar atentamente o demonstrativo de custos disponível em relatórios mensais e no site das gestoras.

- Comparar alternativas, incluindo ETFs passivos de baixíssimo custo, que muitas vezes superam fundos ativos após taxas.

- Priorizar consistência e transparência na cobrança de tarifas, garantindo que a maior parte do resultado bruto seja de fato entregue ao investidor.

Com disciplina e atenção aos custos, você estará no caminho certo para maximizar ganhos de forma sustentável e conquistar seus objetivos financeiros.

Matheus Moraes

Sobre o Autor: Matheus Moraes

Matheus Moraes