O setor financeiro brasileiro está passando por uma profunda transformação motivada por avanços tecnológicos e mudanças regulatórias. Cada vez mais usuários trocam agências físicas por apps e plataformas digitais que oferecem praticidade, velocidade e preços acessíveis. Essa revolução não só altera a maneira de lidar com contas e pagamentos, mas também amplia o leque de produtos disponíveis, democratizando o acesso a serviços antes restritos a grandes investidores.
Em 2024, o Pix movimentou incríveis R$27,3 trilhões, demonstrando a força da expansão do Open Finance e da digitalização do dinheiro no país. Essa base sólida permitiu a introdução de soluções inovadoras, desde produtos de investimento até formas de crédito customizadas, tudo isso sem sair do celular.
A chegada do Open Finance, que já integra mais de 50 milhões de contas, quebrou barreiras entre instituições e trouxe democratização do acesso financeiro. APIs abertas permitem que fintechs e bancos compartilhem dados com o consentimento do usuário, criando ofertas mais personalizadas e preços competitivos.
Ao mesmo tempo, a Inteligência Artificial e o processamento de Big Data dão suporte à análise de perfil do investidor e ao gerenciamento de risco em tempo real. Essas tecnologias também embasam soluções de crédito baseadas em comportamento e histórico de pagamento, acelerando processos e reduzindo custos operacionais.
Nas plataformas digitais, novos produtos ganham destaque por oferecerem usabilidade e custos atraentes. Entre as opções mais populares estão:
Cada produto atende a perfis específicos de usuários, desde iniciantes que buscam aplicar pequenas quantias até empresas que desejam integrar serviços bancários em seus próprios ambientes digitais, por meio de Banking as a Service (BaaS).
Veja abaixo uma comparação concisa desses produtos:
O crescimento acelerado dessas soluções está ligado a diversos elementos convergentes. Primeiro, as fintechs, hoje mais de 1.700 no Brasil, criam constante inovação tecnológica contínua, lançando apps intuitivos e funcionalidades personalizadas.
Além disso, a inclusão financeira avança com o Pix, que atende cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito. O recurso de Pix Automático, lançado em junho de 2025, permite pagamentos recorrentes—contas de água, luz e assinaturas—sem burocracia.
Para garantir equilíbrio entre inovação e proteção do consumidor, o Banco Central implementou normas como a IN RFB nº 2.219/2024 e avanças nas consultas públicas sobre ativos digitais e stablecoins. Essas iniciativas buscam estabelecer regulamentação robusta sem sufocar o desenvolvimento de novas ofertas.
Fintechs de crédito operam sob regimes específicos: a SEP (Sociedade de Empréstimo entre Pessoas) e a SCD (Sociedade de Crédito Direto). Já o BaaS obedece a diretrizes que priorizam segurança e confiança aprimoradas e resilência cibernética.
Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios significativos. Investir em infraestrutura tecnológica, compliance e capacitação de equipes especializadas é essencial para sustentar o crescimento. Além disso, o marco regulatório precisa evoluir constantemente, acompanhando tendências como blockchain e finanças tokenizadas.
Em 2025, espera-se que o mercado global de embedded finance alcance US$138 bilhões. Para o Brasil, essa projeção reforça a necessidade de adaptação rápida por parte de bancos tradicionais, fintechs e plataformas digitais, que deverão investir pesado em segurança, atendimento e personalização de serviços.
Como recomendação prática, consumidores e empresas devem:
Com planejamento e informação, é possível aproveitar ao máximo a democratização do acesso a soluções financeiras inovadoras, construindo um futuro mais inclusivo e eficiente para todos os usuários.
Referências