O mercado de capitais brasileiro tem se destacado como um destino preferencial para investidores internacionais, combinando patamares historicamente elevados de captação com um ambiente regulatório cada vez mais atrativo.
No primeiro semestre de 2025, o volume total negociado somou R$ 246,4 bilhões, mesmo apresentando queda de 10,5% em relação a 2024, mantém-se em níveis elevados comparados às séries históricas.
A captação no 1º trimestre atingiu R$ 152,3 bilhões, recorde para o período, com alta de 12,1% sobre o ano anterior. Entre os instrumentos, destacam-se debêntures, notas comerciais e FIDCs, que lideram a preferência corporativa.
O influxo de capital estrangeiro reflete a confiança das empresas no mercado e o apetite global por diversificação, sobretudo diante de juros reais elevados.
As projeções para 2025 indicam crescimento do PIB de 2,2%, segundo o Boletim Focus, e a valorização do real amplia o apelo dos ativos brasileiros para não-residentes.
Investidores estrangeiros acessam, em condições equivalentes às de residentes, ações e títulos de dívida corporativa, conforme a Resolução CMN 4.373.
Em dezembro de 2024, a Resolução Conjunta nº 13 simplificou o processo de entrada e permanência, reduzindo custos e ampliando a atratividade jurídica para fundos, empresas e investidores pessoa física.
Para atuar, o investidor deve contar com representante legal e fiscal no Brasil, além de um custodiante responsável pelos controles e relatórios de ativos.
O cenário brasileiro combina ambiente doméstico ainda apresenta taxas elevadas de juros reais, estabilidade regulatória e oportunidades de diversificação únicas.
Em um contexto de incertezas globais, o Brasil surge como um polo de diversificação de carteiras globais, oferecendo retornos ajustados a riscos atraentes.
Embora o volume de captação apresente ligeira redução em 2025, o mercado demonstra resiliência e capacidade de recuperação após recordes recentes.
A competição entre mercados emergentes exige do Brasil a manutenção de um quadro regulatório robusto e a contínua modernização de infraestrutura financeira.
O avanço da inovação e da digitalização pode ser a chave para ampliar ainda mais a participação estrangeira, fortalecendo a internacionalização dos produtos brasileiros.
Ao trilhar esse caminho, investidores podem aproveitar o dinamismo do mercado de capitais brasileiro e contribuir para seu crescimento sustentável, gerando benefícios mútuos para o Brasil e a comunidade global.
Referências