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LCI e LCA para investimento sem imposto de renda

LCI e LCA para investimento sem imposto de renda

17/05/2025 - 21:19
Fabio Henrique
LCI e LCA para investimento sem imposto de renda

Investir de forma inteligente passou a ser prioridade em um cenário de juros elevados e volatilidade. As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) surgem como alternativas de renda fixa que aliam segurança e eficiência fiscal.

O que são LCI e LCA

As LCI e LCA são títulos de renda fixa emitidos por instituições financeiras com o propósito exclusivo de financiar o setor imobiliário (LCI) ou o agronegócio (LCA).

Cada emissão capta recursos que serão direcionados para operações de crédito específicas, permitindo ao investidor participar do crescimento destes segmentos sem diretamente adquirir imóveis ou commodities.

Esses títulos são regulamentados pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional, garantindo que os recursos sejam aplicados conforme a destinação prometida.

Como funciona o investimento

As LCIs e LCAs podem ser adquiridas tanto em bancos tradicionais quanto em corretoras e plataformas digitais, com valores mínimos de aplicação que variam entre R$ 1.000 e R$ 5.000 para investidores de varejo.

A rentabilidade oferecida pode ser:

  • Prefixada: taxa fixa acordada no momento da contratação.
  • Pós-fixada: geralmente atrelada ao CDI, oscilando conforme a taxa de referência.
  • Híbrida: combinação de taxa fixa mais variação de índice, como o IPCA.

Em um exemplo prático, uma LCI pagando 95% do CDI, com o CDI em 13% ao ano, ofereceria rendimento bruto de 12,35% ao ano e o mesmo valor líquido, devido à isenção de Imposto de Renda para pessoa física, superando um CDB de 100% do CDI após tributação.

Isso fica claro ao comparar R$ 100 investidos: enquanto o CDB renderia R$ 11,20 líquidos após IR de 20% sobre o lucro, a LCI renderia R$ 14 sem desconto.

Isenção de Imposto de Renda

Um dos principais atrativos das LCIs e LCAs é a benefício fiscal atualmente vigente, com total isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Essa vantagem não se aplica a pessoas jurídicas, que seguem a tabela regressiva de IR igualada a outros investimentos de renda fixa, como CDB e fundos de crédito.

Portanto, o perfil ideal é o investidor conservador pessoa física que busca maximizar ganhos líquidos preservando capital.

Proteção e Riscos

As Letras de Crédito contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira, em caso de instituição emissora falir.

Apesar da segurança, é preciso avaliar três riscos principais:

  • Risco de crédito: a possibilidade, embora remota, de inadimplência da instituição.
  • Risco de liquidez: presença de carência que impede resgate antecipado.
  • Risco de mercado: venda antes do vencimento pode gerar perdas ou ganhos conforme a curva de juros.

Esses fatores devem ser ponderados no planejamento da carteira, considerando objetivos e horizonte de investimento.

Mudanças a partir de 2026

A partir de 2026, haverá fim da isenção para LCI e LCA emitidos a partir de janeiro daquele ano. Uma alíquota fixa de 5% será aplicada sobre os rendimentos de novos papéis.

Os títulos emitidos até dezembro de 2025 manterão a isenção até o vencimento, permitindo ao investidor aproveitar a condição até o último dia de 2026, dependendo do prazo de vencimento contratado.

O objetivo da mudança é equalizar a competitividade entre diversos títulos de renda fixa e reduzir distorções que favorecem determinados segmentos.

Comparativo com outros investimentos

Para entender melhor o posicionamento de LCI e LCA no universo de renda fixa, veja a tabela comparativa:

Dicas para investir em LCI e LCA

  • Diversificação entre diferentes emissores para ampliar a proteção do FGC.
  • Avaliar sempre o prazo de carência antes de investir.
  • Analisar cuidadosamente as taxas oferecidas em cada emissão.
  • Aproveitar os últimos meses de isenção até o final de 2025.

Conclusão

As LCI e LCA continuam sendo alternativas sólidas para quem busca importância do planejamento financeiro de longo prazo e deseja maximizar ganhos líquidos.

Com o cenário de mudanças fiscais se aproximando, é fundamental ajustar a carteira, aproveitar a isenção vigente e reavaliar as opções após 2026. Assim, o investidor estará preparado para usufruir de rendimentos atrativos e seguros.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique