O universo dos fundos de ações atraí investidores que desejam potencial de valorização no longo prazo. Em 2025, o mercado brasileiro apresenta oportunidades únicas, com o Ibovespa acumulando valorização de +15,8% no semestre e ainda negociando abaixo da média histórica.

Introdução ao cenário de 2025

Após um biênio turbulento, marcado por queda de -10,36% em 2024, o índice recuperou força graças a fatores macroeconômicos e fluxos internacionais. A relação preço/lucro em 9,4 vezes, inferior à média de 12,1 vezes, sinaliza valores historicamente atrativos e descontados para quem busca alocar capital na renda variável.

Neste panorama, escolher o fundo certo exige análise cuidadosa de desempenho, gestão e estratégia. Apenas um terço dos principais fundos superaram o Ibovespa no primeiro trimestre de 2025, reforçando a importância da seleção criteriosa.

Por que investir em fundos de ações de crescimento

Os fundos de ações com foco em crescimento oferecem:

• Maior potencial de retorno acima do mercado, especialmente em ciclos de queda de juros.
• Diversificação com gestão profissional, reduzindo vieses pessoais.
• Exposição a setores disruptivos, como tecnologia e consumo digital.
• Possibilidade de alfa consistente em horizontes longos, superando benchmarks.

Comparados a investimentos conservadores, esses fundos buscam ganhos expressivos ao longo dos anos, aproveitando oportunidades em empresas com forte dinâmica de crescimento.

Principais fundos em destaque em 2025

Alguns fundos se destacaram pelo desempenho no primeiro semestre:

Além desses, fundos consolidados como Brasil Capital e Real Investor mantêm histórico de mais de dez anos com gestão ativa e resultado consistente. Exemplos extremos como o Real Investor Institucional, com 1.902% desde 2008, contrastam com 248% do Ibovespa, demonstrando a relevância de gestores de excelência.

Fatores que impulsionam o desempenho recente

O avanço dos fundos de crescimento em 2025 reflete diversos vetores:

• Fluxo internacional para mercados emergentes, diante de perspectiva de mudança monetária nos EUA.
• Expectativas favoráveis para políticas econômicas domésticas com possível transição política em 2026.
• Início de ciclo de cortes na Selic, beneficiando empresas mais alavancadas.
• Rotação de carteiras, com saída de commodities e entrada em setores de tecnologia e infraestrutura.

Esses fatores criam um ambiente propício para empresas de crescimento, cujas ações tendem a valorizar mais rapidamente em cenário de juros em queda e maior liquidez estrangeira.

Como escolher o fundo ideal

Seleção adequada do fundo envolve avaliar:

• Perfil de risco e horizonte de investimento do investidor.
• Histórico de performance contra o Ibovespa e o CDI.
• Qualidade e experiência dos gestores, além de processos robustos de análise.
• Composição da carteira, balanceando setores defensivos e de crescimento.

Fundos de FoF (Fundos de Fundos) podem oferecer diversificação adicional, enquanto gestoras como Dynamo, GTI e Squadra são reconhecidas pela consistência de resultados no longo prazo.

Riscos e considerações finais

Apesar do potencial, fundos de ações de crescimento apresentam alta volatilidade em períodos adversos. Investidores devem estar preparados para oscilações consideráveis, como as observadas entre 2022 e 2023.

Riscos macroeconômicos, persistência de juros elevados e instabilidades políticas internas também podem impactar negativamente o desempenho. A seleção criteriosa de gestores que entregam alfa de forma consistente é, portanto, crucial.

Por fim, a paciência e o foco no longo prazo são fundamentais. A experiência mostra que seleção adequada e horizonte de longo prazo são determinantes para colheita de resultados relevantes em fundos de ação.

Invista com disciplina, revisite periodicamente a carteira e mantenha-se informado sobre cenários macro e setoriais para potencializar seus ganhos.