Em um país repleto de potencial, encontrar o ponto de equilíbrio entre estabilidade e crescimento é mais que um objetivo técnico: é uma necessidade para garantir bem-estar e progresso duradouro.
Historicamente, o Brasil oscila entre fases de expansão e retração, um padrão conhecido como “stop and go”. Essas alternâncias criam incertezas que afetam empresas, trabalhadores e famílias.
Sem controle de inflação e equilíbrio fiscal, qualquer esforço de crescimento perde sustentação, pois a volatilidade corrói a confiança dos investidores e aumenta o custo de vida.
A pandemia acelerou desafios antigos e gerou novas demandas em áreas como emprego, renda e infraestrutura. No entanto, a retomada em 2023 trouxe crescimento de 2,9% do PIB, e no 1º trimestre de 2025 o acumulado de 12 meses chegou a 3,5%.
Esses números mostram que, mesmo em um contexto global adverso, o Brasil pode manter um ritmo consistente quando há coordenação política e disciplina fiscal.
Para avaliar o equilíbrio macroeconômico, observamos diversos termômetros:
Embora a inflação esteja controlada, os juros elevados e a dívida pública alta seguem restringindo a capacidade de investimento do Estado e do setor privado.
A atual gestão adota uma abordagem balanceada de ajuste fiscal, priorizando reformas que não penalizem o mercado de trabalho nem reduzam direitos sociais de forma abrupta.
Essa combinação busca gerar um ambiente seguro para investimentos, ao mesmo tempo em que sustenta a geração de empregos e a elevação da renda real.
Mesmo com avanços, alguns obstáculos persistem:
Superar essas fragilidades requer reformas profundas, maior eficiência na aplicação dos recursos e incentivo à pesquisa e desenvolvimento.
Apesar dos desafios, o Brasil possui pontos fortes que podem ser explorados:
Direcionar parte dos recursos públicos e privados para inovação e infraestrutura pode alavancar cadeias produtivas e gerar crescimento mais resiliente.
Para manter a estabilidade, o Banco Central tem utilizado a Selic de forma reativa, ajustando a taxa sempre que há riscos inflacionários.
Já a política fiscal busca um pacto de longo prazo com metas claras de redução gradual da dívida, sem sacrificar programas essenciais de saúde e educação.
No cenário internacional, a interconexão crescente e os avanços tecnológicos impõem novos paradigmas:
Empresas e governos precisam investir em sustentabilidade, digitalização e resiliência para enfrentar choques de oferta e demanda provocados por crises climáticas e geopolíticas.
Adotar políticas que considerem a inclusão social e a preservação ambiental fortalece a estabilidade política e a confiança dos investidores de longo prazo.
Alcançar um estado de equilíbrio entre estabilidade e crescimento exige visão de futuro, coragem para implementar reformas e sensibilidade social.
É preciso construir um modelo econômico que una disciplina fiscal e estímulo ao empreendedorismo, promovendo justiça social e produtividade.
O Brasil possui todos os elementos para trilhar esse caminho: instituições consolidadas, setor privado dinâmico e uma sociedade madura. A próxima etapa é consolidar um pacto nacional que valorize o longo prazo, garantindo que a estabilidade seja o alicerce de um crescimento próspero e inclusivo.
Referências