Em 2024, as exportações brasileiras alcançaram um patamar sem precedentes, impulsionadas por taxa de câmbio favorável frente ao dólar e por uma política de estímulo ao comércio exterior.
Dados oficiais mostram que 28.847 empresas venderam para o exterior no ano passado, o maior número da história do país. Esse resultado reflete o esforço conjunto do setor público e privado para ampliar a competitividade de produtos nacionais.
O crescimento no número de exportadoras não atingiu apenas grandes grupos industriais. Pequenas e médias empresas também se beneficiaram do cenário externo, consolidando uma cultura exportadora no país que se espalha por todos os portes.
Veja a segmentação por porte em 2024:
O avanço inclui desde indústrias tradicionais até negócios de nicho, mostrando uma diversificação crescente no perfil de quem busca clientes no exterior.
A indústria de transformação mantém sua posição de liderança, com mais de 80% das exportadoras focadas na produção de bens industriais. No entanto, outros segmentos vêm ganhando força, especialmente entre as micro e pequenas empresas.
Essa diversidade setorial demonstra como diferentes regiões e cadeias produtivas do Brasil estão aproveitando o momento para explorar oportunidades internacionais.
O valor total das vendas externas ultrapassou US$ 337 bilhões em 2024, distribuídos conforme o porte das empresas:
Esse cenário reforça a importância de políticas que estimulem não apenas os grandes exportadores, mas também os empreendedores de menor porte.
A desvalorização do real na maior parte do ano foi um dos principais trunfos para alavancar as exportações. Produtos brasileiros ficaram mais competitivos, atraindo maior demanda no mercado internacional.
Essa vantagem cambial atua como um incentivo indireto para que empresas de todos os portes considerem a internacionalização como estratégia de crescimento.
Programas e iniciativas governamentais desempenharam papel decisivo no fortalecimento das exportações:
Esses mecanismos oferecem apoio concretos para novos exportadores, especialmente em serviços de consultoria, participação em feiras e rodadas de negócios.
Segundo Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior, houve “um fortalecimento inédito da cultura exportadora” graças ao conjunto de medidas implementadas. O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a relevância de incentivar empresas de menor porte a buscar mercados externos.
As declarações reforçam o compromisso das autoridades em manter e aprimorar programas de apoio à internacionalização.
O ambiente externo permanece volátil, com possíveis oscilações cambiais que podem afetar a competitividade dos produtos brasileiros. Por outro lado, a consolidação de uma base exportadora mais ampla e diversificada cria oportunidades de longo prazo.
Para manter o ritmo de crescimento, será crucial:
Com essas estratégias, o Brasil pode não apenas sustentar os resultados de 2024, mas avançar para patamares ainda mais elevados em 2025 e além.
O recorde de empresas exportadoras em 2024 é um marco histórico que evidencia a capacidade de adaptação do setor produtivo brasileiro. A combinação de políticas públicas para ampliação da base exportadora e de um câmbio competitivo abriu caminho para um novo ciclo de internacionalização.
Resta agora consolidar esse avanço, superando desafios internos e externos, para que o Brasil se torne referência global em inovação e comércio exterior.
Referências