O varejo brasileiro vive uma transformação acelerada, em que a digitalização se torna peça-chave para competitividade e fidelização de clientes.
Em 2025, o setor de varejo global projeta um crescimento global de 2,2% nas vendas, o maior índice da década, segundo dados da Economist Intelligence Unit. No Brasil, a Euromonitor International estima que as vendas online representarão 30% do total do varejo até o final do ano.
De acordo com a Croma Consultoria, as empresas de varejo, serviços e indústria vão direcionar 74% de seus orçamentos para marketing digital em 2025, enquanto mídia tradicional, como TV aberta, ficará com 13% e OOH com 7%, evidenciando a urgência em fortalecer a presença online.
O modelo omnichannel é reconhecido como fator decisivo para entregar integração de canais físico e digital, proporcionando experiências contínuas e convenientes.
Essa abordagem permite ao consumidor comprar online e retirar no ponto físico, trocar produtos em lojas ou acompanhar o status do pedido em tempo real, aumentando a taxa de conversão e o engajamento.
As redes sociais lideram o investimento em mídia digital, com 29% do budget, seguidas por buscadores (22%), influenciadores digitais (22%) e retail media (16%).
Empresas de menor porte, com faturamento até R$ 300 milhões, chegam a destinar 35% do orçamento apenas a campanhas em redes sociais, ressaltando a relevância desse canal para alcance e conversão.
Além disso, 31% das companhias intensificam promoções digitais, enquanto 16% já investem em formatos de transformar canais digitais em plataformas publicitárias próprias, como sites e apps.
A adoção de IA no varejo permite modelos de personalização e automação avançados, otimizando campanhas, recomendando produtos com base em comportamento e ajustando lances em tempo real.
Retail media, por sua vez, utiliza algoritmos para exibir anúncios personalizados nos próprios canais da marca, aproveitando dados em tempo real e melhorando a taxa de conversão.
O crescimento dos marketplaces é inegável, mas as empresas buscam equilíbrio entre grandes plataformas, marketplaces especializados e canais diretos, a fim de manter margens e construir relacionamento direto com o cliente.
Para isso, investimentos em logística são fundamentais, garantindo entregas mais rápidas e sustentáveis. Operações ágeis e compromisso com práticas sustentáveis tornam-se vantagens competitivas diferenciadas para o consumidor consciente.
O social commerce ganha força ao integrar venda e interação em redes sociais. Influenciadores e afiliados fortalecem a decisão de compra, criando conteúdo autêntico e promovendo produtos de forma mais próxima.
Segundo pesquisas, 22% do budget de mídia digital é direcionado a parcerias com influenciadores, estratégia que traz credibilidade e engajamento orgânico, complementando campanhas de performance.
A sustentabilidade digital vai além do ecoeficiente na logística; engloba também a experiência do cliente e a redução de desperdício em campanhas, usando dados para evitar anúncios irrelevantes e promover compras mais assertivas.
Empresas que conseguem oferecer experiências híbridas valorizadas pelos consumidores equilibram conveniência, impacto ambiental e fidelização, fortalecendo sua posição de mercado.
O investimento em canais digitais pelo varejo brasileiro reflete uma transformação estrutural, onde a integração omnichannel, a inteligência artificial e as estratégias multicanal moldam o futuro do setor.
Espera-se não apenas novas fontes de receita com retail media, mas também maior fidelização, personalização e crescimento sustentável. Com iniciativas bem planejadas, o varejo estará preparado para aumentar vendas, encantar clientes e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Referências