O cenário financeiro global está vivendo uma transformação profunda, e o setor de energia renovável encontra-se no epicentro dessa mudança. Investidores institucionais, guiados cada vez mais por critérios ESG, estão direcionando capitais para companhias que valorizam o meio ambiente e a governança corporativa.
Na carteira 2025 do Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, das 82 empresas selecionadas, 16 são do setor de energia. Isso representa quase 20% do total, um sinal claro de forte representação das empresas renováveis em carteiras valorizadas.
O ISE B3 avalia companhias com base em rigorosos critérios ambientais, sociais e de governança. Tornou-se referência para fundos institucionais e internacionais focados em investimentos responsáveis. A lista inclui nomes de peso como Equatorial, Aeris, Auren, Cemig, Copel, Cosan, CPFL Energia, Eletrobras, Eneva, Engie Brasil, ISA Energia, Neoenergia, Raízen, Serena, Vibra e WEG.
Entre as companhias de energia, a Neoenergia se destacou ao conquistar o segundo lugar geral no ranking ISE B3 2025 e o primeiro no setor elétrico. Essa ascensão de 11 posições em um ano reforça o compromisso com energia limpa e a solidez de sua governança.
Outras empresas, como Cemig e Copel, vêm apresentando resultados consistentes em energia hidrelétrica, eólica e solar, evidenciando a transparência e resiliência dos resultados mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador no Brasil.
O ingresso no ISE exige cumprimento de diversas exigências:
Esses critérios visam garantir que apenas empresas com elevado padrão de sustentabilidade sejam contempladas, reforçando a confiança de fundos de pensão, gestoras e investidores estrangeiros.
O Brasil apresenta um cenário de juros elevados e inflação controlada, o que atrai investidores institucionais em busca de rentabilidade alinhada a práticas sustentáveis. O setor de renováveis se beneficia diretamente desse movimento, pois mitiga riscos ambientais e climáticos.
Fundos internacionais valorizam empresas com compliance e governança robusta, características cada vez mais associadas às renováveis. A atuação das controladas pela Iberdrola, como a Neoenergia, demonstra como investimentos estratégicos em energia limpa geram confiança no mercado.
Para quem já investe em carteiras institucionais ou pensa em direcionar recursos, as empresas de energia renovável oferecem:
Exemplos de sucesso incluem Cemig e Copel, que mantêm performance estável após processos de privatização, e a Raízen, que expande sua presença em biocombustíveis e solar.
Apesar dos avanços, o setor enfrenta obstáculos como regulação incerta, necessidade de investimentos contínuos em inovação e riscos macroeconômicos associados à volatilidade global. A solução passa por fortalecer a governança e processos de compliance, além de adotar tecnologias emergentes.
A tendência é que a participação das renováveis em índices ESG continue em crescimento, ampliando seu espaço em carteiras de fundos de pensão, gestoras e hedge funds. O potencial de valorização a médio e longo prazo torna o setor ainda mais atraente.
Em um mundo que exige soluções sustentáveis, as empresas de energia renovável não apenas refletem uma mudança de paradigma, mas também oferecem oportunidades concretas para investidores institucionais que buscam alinhar rentabilidade e impacto positivo no planeta.
Referências