O ambiente global apresenta apetite internacional por grandes projetos em infraestrutura, fruto de uma recuperação econômica resiliente após crises recentes e de um foco crescente em sustentabilidade e inovação.
No Brasil, essa conjuntura externa encontra terreno fértil para atração de recursos, tecnologias e parcerias estratégicas que poderão redefinir a paisagem urbana e produtiva nas próximas décadas.
O mundo observa um movimento consistente de investimentos crescem globalmente em setores-chave como energia, transporte e digitalização. A pandemia e conflitos geopolíticos reorientaram cadeias de suprimentos, elevando a importância de projetos resilientes e colaborativos.
Na Europa, foram destinados mais de 1,2 trilhão de euros em mobilidade e economia circular, com ênfase em inovação ecológica.
A China, como maior investidor global, amplia aportes diretos em energia renovável, mobilidade elétrica e tecnologia digital, robustecendo cadeias globais de valor e estreitando laços multilaterais.
Em 2025, o Brasil projeta investir até R$ 250 bilhões em infraestrutura, impulsionado pelo papel ativo do setor privado, que respondeu por R$ 197 bilhões já em 2024, cerca de 76% superiores ao investimento público.
Além disso, aportes chineses recentes somam R$ 27 bilhões em energia, logística e inovação, reforçando que o país tornou-se prioridade nas agendas internacionais de sustentabilidade de longo prazo.
Os setores de saneamento, transporte e energia renovável lideram essa dinâmica, com mais de 20 leilões de saneamento previstos e investimentos em rodovias que saltaram de US$ 15 bilhões para US$ 38 bilhões ao ano, entre 2010 e 2025.
O aprimoramento de processos licitatórios, aliado a um ambiente regulatório e financeiro mais seguro, avança com novos instrumentos, como debêntures incentivadas e fundos de infraestrutura.
Esse conjunto de iniciativas fortalece a confiança de investidores e cria condições para projetos de maior envergadura e impacto socioeconômico.
Embora o cenário seja promissor, ainda existem obstáculos. A instabilidade geopolítica, a escassez de insumos e a pressão inflacionária podem gerar volatilidade.
Para aproveitar plenamente as oportunidades, empresas e governos devem atuar de forma colaborativa, adotando práticas ágeis e alinhadas às melhores referências globais.
Em suma, o Brasil possui condições ímpares para consolidar-se como um destino prioritário de investimentos em infraestrutura. A convergência de fatores globais, a maturidade do ambiente regulatório e o protagonismo do setor privado formam a base para uma nova era de desenvolvimento sustentável e inclusão social.
Com planejamento estratégico e parcerias sólidas, o país poderá acelerar sua integração em cadeias de valor de alto valor agregado, gerando empregos, modernizando suas redes e garantindo progresso para as próximas gerações.
Referências