Com a consolidação do Open Finance, o setor bancário brasileiro entra em uma nova era de inovação, colaboração e competitividade. As instituições precisam reavaliar processos, tecnologias e modelos de negócio para se alinhar às exigências regulatórias e às expectativas dos clientes.
Este artigo explora as principais mudanças regulatórias, os impactos estratégicos e as tendências que moldarão o futuro dos bancos e fintechs a partir de 2025.
Em julho de 2024, o Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional publicaram as resoluções que definirão o Open Finance a partir de 2025. Essas normas têm como objetivo ampliar e flexibilizar a participação no ecossistema, tornando-o mais inclusivo e eficiente.
Entre as principais determinações, destacam-se:
Além disso, estão em vigor resoluções e instruções normativas específicas:
O Open Finance amplia o escopo de compartilhamento de dados e iniciação de serviços. Entre as inovações mais relevantes, destacam-se:
Essas funcionalidades visam aprimorar a experiência do cliente e fomentar a competitividade entre bancos, fintechs e iniciadores de pagamento.
Para garantir a solidez e a transparência do ecossistema, a Resolução BCB nº 400/2024 estabelece uma governança definitiva, operando a partir de 2 de janeiro de 2025. Essa estrutura:
Profissionaliza a gestão, define papéis e responsabilidades, e promove auditorias independentes para assegurar conformidade.
Além disso, as instituições devem implementar:
Essas medidas garantem que o compartilhamento de dados seja feito com segurança e confiabilidade.
Para monitorar a estabilidade e a qualidade dos serviços, as Instruções Normativas do BCB definiram limites e metas que devem ser atendidos pelas instituições. Veja abaixo um resumo dessas métricas:
O cumprimento desses indicadores é fundamental para evitar sanções e preservar a confiança dos usuários.
A expansão do Open Finance impõe novos desafios e oportunidades. Os principais temas a serem abordados pelas instituições são:
Interoperabilidade e segurança de dados para garantir a integração entre sistemas legados e novas plataformas, reduzindo riscos de falhas.
Adaptação dos modelos de negócios, com foco em ofertas personalizadas baseadas em dados e serviços que adicionem valor ao cliente. Confira alguns pontos de atenção:
Essas iniciativas podem resultar em aumento de receita, redução de custos operacionais e fidelização de clientes.
O plano de evolução do Open Finance prevê fases adicionais de expansão e refinamento, incluindo:
O roadmap também enfatiza a prioridade em qualidade e governança, com ciclos de revisão regulatória a cada semestre.
Para 2026, espera-se que o Open Finance já abranja a maioria dos produtos financeiros, promovendo um ecossistema robusto e competitivo em nível global.
O Open Finance transforma o panorama financeiro, exigindo que bancos e fintechs alinhem tecnologia, governança e estratégia. Com as novas regulamentações, instituições de todos os tamanhos devem:
Ao abraçar essas mudanças, o setor estará preparado para oferecer soluções inovadoras, personalizadas e seguras, solidificando o Brasil como referência global em Open Finance.
Referências