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Avalie fundos de ações para exposição internacional

Avalie fundos de ações para exposição internacional

15/08/2025 - 02:13
Bruno Anderson
Avalie fundos de ações para exposição internacional

Com a volatilidade doméstica e o potencial de ganhos no exterior, cada vez mais investidores brasileiros buscam alternativas para diversificar sua carteira. Expor-se a ativos internacionais pode trazer proteção contra variação cambial e acesso a setores em expansão global.

Panorama de desempenho 2024/2025

Em 2025, as açõess internacionais superaram as americanas em desempenho real. O ETF global VXUS avançou 16,8% no ano, enquanto o SPDR S&P 500 ETF (SPY) subiu apenas 4,2%. Essa discrepância revela oportunidades além dos mercados americanos.

Diferentes regiões se destacaram de forma expressiva:

  • Europa Central e Oriental: alta acumulada de 36%.
  • África (AFK): ganhos próximos a 28%.
  • América Latina (ILF): aproximadamente 25% no ano.

Pesquisa do Bank of America indica que 54% dos gestores globais acreditam que ativos internacionais liderarão os ganhos nos próximos cinco anos, reforçando a tese de diversificação.

Comparativo com fundos de ações brasileiros

No mercado local, o Ibovespa subiu 8,29% em 2025, recuperando perdas de 2024 (-10,36%). Ainda assim, seu P/L de 9,4x permanece em patamar historicamente baixo, refletindo desafios domésticos.

Dos 60 principais fundos de ações brasileiros, apenas 20 superaram o Ibovespa no 1º trimestre de 2025. Destacam-se:

  • Alaska Institucional
  • Nord 10X
  • Nord Melhores Fundos FoF Ações

Embora alguns gestores nacionais tenham obtido bom resultado, a diversificação internacional continua sendo uma estratégia fundamental para reduzir riscos específicos do Brasil.

Principais produtos para exposição internacional

Entre as opções disponíveis para investidores brasileiros, destacam-se ETFs, fundos de BDRs e fundos multimercado com foco global.

  • It Now S&P500 (SPXI11): replica o S&P 500 com taxa de administração de 0,21% ao ano.
  • Fundos de BDRs: permitem acesso direto a ações globais sem necessidade de dólar físico.
  • Fundos de renda fixa americana: bonds high yield (8%) e Treasuries de até um ano (5,1%).

Em 2024, o S&P 500 subiu 24,9% e o dólar valorizou 27% contra o real, elevando retornos em reais acima de 50% nos fundos internacionais. O Índice BDRX, por sua vez, avançou 72,19% no mesmo período.

Vantagens da diversificação internacional

A exposição global traz benefícios que vão além do retorno financeiro imediato. Ao acessar diferentes ciclos econômicos, o investidor pode reduz risco específico Brasil e suavizar a volatilidade.

Participar de empresas líderes em tecnologia, energia renovável e setores emergentes oferece grande potencial de valorização. Essa estratégia também promove participação em megatendências globais como inteligência artificial e descarbonização.

Estratégias e recomendações para 2025

Para o próximo ano, analistas sugerem manter uma combinação de renda variável e renda fixa internacional, com ou sem hedge cambial. A alocação deve considerar três pilares:

  1. Setores inovadores: tecnologia, infraestrutura e transição energética.
  2. Mercados emergentes de alto crescimento: África e Europa Central.
  3. Proteção cambial: balancear posições com fundos com e sem hedge.

É fundamental realizar uma reavaliação periódica, identificando as megaforças estruturais que remodelam economias e ajustando a carteira conforme cenários geopolíticos e tecnológicos evoluem.

Riscos e considerações importantes

A exposição internacional também traz desafios, especialmente relacionados à oscilação do câmbio, que pode amplificar ganhos e perdas. Além disso, taxas de administração e custos operacionais devem ser monitorados para não comprometer o retorno.

Equilibrar ativos de mercados desenvolvidos e emergentes pode gerar maior estabilidade. É recomendável diversificar entre ETFs, BDRs e fundos multimercado conforme o perfil de risco e objetivos de cada investidor.

Conclusão

Investir em fundos de ações internacionais é uma estratégia poderosa para quem busca ampliar horizontes, proteger-se das incertezas domésticas e surfar tendências globais. Com produtos acessíveis, como ETFs negociados no Brasil e fundos de BDRs, o investidor brasileiro tem à disposição mecanismos eficientes para compor uma carteira global.

Ao adotar essa abordagem, você estará mais preparado para enfrentar ciclos de mercado distintos, aproveitando oportunidades em regiões de alto crescimento e setores inovadores. Comece avaliando seu perfil, definindo metas claras e consultando um assessor financeiro para estruturar uma alocação internacional adequada ao seu portfólio.

Bruno Anderson

Sobre o Autor: Bruno Anderson

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