Com a volatilidade doméstica e o potencial de ganhos no exterior, cada vez mais investidores brasileiros buscam alternativas para diversificar sua carteira. Expor-se a ativos internacionais pode trazer proteção contra variação cambial e acesso a setores em expansão global.
Em 2025, as açõess internacionais superaram as americanas em desempenho real. O ETF global VXUS avançou 16,8% no ano, enquanto o SPDR S&P 500 ETF (SPY) subiu apenas 4,2%. Essa discrepância revela oportunidades além dos mercados americanos.
Diferentes regiões se destacaram de forma expressiva:
Pesquisa do Bank of America indica que 54% dos gestores globais acreditam que ativos internacionais liderarão os ganhos nos próximos cinco anos, reforçando a tese de diversificação.
No mercado local, o Ibovespa subiu 8,29% em 2025, recuperando perdas de 2024 (-10,36%). Ainda assim, seu P/L de 9,4x permanece em patamar historicamente baixo, refletindo desafios domésticos.
Dos 60 principais fundos de ações brasileiros, apenas 20 superaram o Ibovespa no 1º trimestre de 2025. Destacam-se:
Embora alguns gestores nacionais tenham obtido bom resultado, a diversificação internacional continua sendo uma estratégia fundamental para reduzir riscos específicos do Brasil.
Entre as opções disponíveis para investidores brasileiros, destacam-se ETFs, fundos de BDRs e fundos multimercado com foco global.
Em 2024, o S&P 500 subiu 24,9% e o dólar valorizou 27% contra o real, elevando retornos em reais acima de 50% nos fundos internacionais. O Índice BDRX, por sua vez, avançou 72,19% no mesmo período.
A exposição global traz benefícios que vão além do retorno financeiro imediato. Ao acessar diferentes ciclos econômicos, o investidor pode reduz risco específico Brasil e suavizar a volatilidade.
Participar de empresas líderes em tecnologia, energia renovável e setores emergentes oferece grande potencial de valorização. Essa estratégia também promove participação em megatendências globais como inteligência artificial e descarbonização.
Para o próximo ano, analistas sugerem manter uma combinação de renda variável e renda fixa internacional, com ou sem hedge cambial. A alocação deve considerar três pilares:
É fundamental realizar uma reavaliação periódica, identificando as megaforças estruturais que remodelam economias e ajustando a carteira conforme cenários geopolíticos e tecnológicos evoluem.
A exposição internacional também traz desafios, especialmente relacionados à oscilação do câmbio, que pode amplificar ganhos e perdas. Além disso, taxas de administração e custos operacionais devem ser monitorados para não comprometer o retorno.
Equilibrar ativos de mercados desenvolvidos e emergentes pode gerar maior estabilidade. É recomendável diversificar entre ETFs, BDRs e fundos multimercado conforme o perfil de risco e objetivos de cada investidor.
Investir em fundos de ações internacionais é uma estratégia poderosa para quem busca ampliar horizontes, proteger-se das incertezas domésticas e surfar tendências globais. Com produtos acessíveis, como ETFs negociados no Brasil e fundos de BDRs, o investidor brasileiro tem à disposição mecanismos eficientes para compor uma carteira global.
Ao adotar essa abordagem, você estará mais preparado para enfrentar ciclos de mercado distintos, aproveitando oportunidades em regiões de alto crescimento e setores inovadores. Comece avaliando seu perfil, definindo metas claras e consultando um assessor financeiro para estruturar uma alocação internacional adequada ao seu portfólio.
Referências