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Aproveite oportunidades em fundos de infraestrutura

Aproveite oportunidades em fundos de infraestrutura

22/05/2025 - 02:07
Fabio Henrique
Aproveite oportunidades em fundos de infraestrutura

O setor de infraestrutura brasileiro vive um momento único de transformação e potencial de crescimento. Investidores que desejam participar de grandes projetos nacionais encontram nos fundos de investimento em infraestrutura uma porta de entrada estratégica, com benefícios fiscais e diversificação.

Este artigo apresenta um panorama detalhado, dados atualizados até 2025 e orientações práticas para que você possa aproveitar ao máximo esse cenário promissor.

Cenário atual e perspectivas para 2025

O Brasil projeta investimentos superiores a R$ 250 bilhões em projetos de infraestrutura para 2025, refletindo a urgência de modernizar a logística, expandir áreas urbanas e universalizar o saneamento básico.

Em 2024, a iniciativa privada liderou o aporte de recursos, com R$ 197,1 bilhões destinados a empreendimentos como rodovias, ferrovias, portos e energia.

O aquecimento desse mercado está diretamente vinculado às concessões, privatizações e parcerias público-privadas, que oferecem segurança jurídica e robustez financeira aos projetos.

O que são FI-Infra e suas características

Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) foram criados para canalizar recursos a projetos estruturantes. Um dos principais instrumentos de aplicação são as debêntures incentivadas, cujo volume de emissão atingiu R$ 138 bilhões em 2024, segundo dados do mercado.

Entre os principais atrativos dos FI-Infra, destacam-se:

  • Rendimentos regulares, em sua maioria mensais, que auxiliam no fluxo de caixa pessoal ou empresarial.
  • Isenção de imposto de renda sobre dividendos e ganhos de capital, reduzindo o custo efetivo do investimento.
  • Negociação em bolsa com descontos expressivos em relação ao valor patrimonial, abrindo espaço para ganhos no médio e longo prazo.

As cotas descontadas podem ser adquiridas com prazos vantajosos, mesmo diante de um ambiente de juros elevados.

Novas legislações e regulação

A Lei 14.801/2024 estabeleceu parâmetros mais rígidos para a alocação de ativos em FI-Infra e FIDC-Infra, exigindo que pelo menos 85% do valor de referência esteja aplicado em ativos elegíveis. Essa mudança reforça a transparência e a aderência normativa dos fundos.

Além disso, o conceito de “novos projetos” foi ampliado para incluir empreendimentos em andamento, oferecendo maior flexibilidade aos gestores. Prazos legais também foram estendidos:

  • Início de atividades: de 180 para 360 dias;
  • Alocação mínima de recursos: de 12 para 24 meses.

A Resolução CVM 175, em vigor desde outubro de 2023, consolida e simplifica as regras, aproximando o Brasil dos melhores padrões internacionais e dando mais segurança jurídica ao investidor.

Setores com maior potencial

Determinar onde alocar recursos em um FI-Infra exige compreender os segmentos com melhor projeção de retorno. Destacam-se:

  • Saneamento básico: leilões em 13 estados e mais de 20 projetos licitados em 2025, impulsionados pelo novo marco legal do setor;
  • Logística terrestre: concessões de rodovias e ferrovias para diminuição de custos de transporte e integração nacional;
  • Portos e aeroportos: expansão e modernização para suportar o aumento de demanda do comércio exterior;
  • Energia e telecomunicações: projetos de fontes renováveis e rede de fibra óptica, garantindo sustentabilidade e conectividade.

Esses segmentos atraem capital pela previsibilidade de receitas e relevância social.

Fatores de atração para o investidor

Investir em fundos de infraestrutura vai além do apelo econômico: envolve benefícios fiscais e estratégias de proteção patrimonial.

  • Isenção fiscal: mantida para rendimentos e ganhos de capital, aumentando a rentabilidade líquida.
  • Proteção contra a inflação: muitos títulos atrelam seus indexadores ao IPCA, preservando o poder de compra.
  • Diversificação: exposição a diferentes setores essenciais, reduzindo a volatilidade global do portfólio.
  • Potencial de valorização das cotas: possibilidade de ganhos significativos quando adquiridas a desconto.

Combinando esses elementos, o investidor obtém equilíbrio entre risco e retorno em um mercado sólido.

Riscos e desafios

Apesar das vantagens, o ambiente macroeconômico apresenta alguns desafios que devem ser considerados para uma análise completa:

  • Juros elevados: encarecem novas emissões de debêntures e aumentam o custo da dívida para projetos;
  • Liquidez reduzida: alguns fundos podem ter menor volume de negociação no mercado secundário;
  • Risco de inadimplência: vinculado ao sucesso operacional e financeiro dos projetos financiados.

Conhecer esses riscos e adotar uma estratégia de médio a longo prazo é essencial para mitigar impactos.

Resumo de números-chave

Considerações finais

O mercado de fundos de infraestrutura no Brasil atravessa uma fase de robustez graças à convergência entre legislação favorável, protagonismo do setor privado e relevância social dos projetos.

Para o investidor, essa é uma oportunidade de diversificação, proteção contra inflação e potencial de ganhos consistentes. Restam desafios, como juros elevados e liquidez, mas uma análise criteriosa e o horizonte de médio e longo prazo apontam para um cenário repleto de oportunidades.

Agora que você compreende os aspectos técnicos, fiscais e de mercado, é o momento ideal para incluir fundos de infraestrutura em seu portfólio e contribuir para o desenvolvimento do país.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

Fabio Henrique