O setor de infraestrutura brasileiro vive um momento único de transformação e potencial de crescimento. Investidores que desejam participar de grandes projetos nacionais encontram nos fundos de investimento em infraestrutura uma porta de entrada estratégica, com benefícios fiscais e diversificação.
Este artigo apresenta um panorama detalhado, dados atualizados até 2025 e orientações práticas para que você possa aproveitar ao máximo esse cenário promissor.
O Brasil projeta investimentos superiores a R$ 250 bilhões em projetos de infraestrutura para 2025, refletindo a urgência de modernizar a logística, expandir áreas urbanas e universalizar o saneamento básico.
Em 2024, a iniciativa privada liderou o aporte de recursos, com R$ 197,1 bilhões destinados a empreendimentos como rodovias, ferrovias, portos e energia.
O aquecimento desse mercado está diretamente vinculado às concessões, privatizações e parcerias público-privadas, que oferecem segurança jurídica e robustez financeira aos projetos.
Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infra) foram criados para canalizar recursos a projetos estruturantes. Um dos principais instrumentos de aplicação são as debêntures incentivadas, cujo volume de emissão atingiu R$ 138 bilhões em 2024, segundo dados do mercado.
Entre os principais atrativos dos FI-Infra, destacam-se:
As cotas descontadas podem ser adquiridas com prazos vantajosos, mesmo diante de um ambiente de juros elevados.
A Lei 14.801/2024 estabeleceu parâmetros mais rígidos para a alocação de ativos em FI-Infra e FIDC-Infra, exigindo que pelo menos 85% do valor de referência esteja aplicado em ativos elegíveis. Essa mudança reforça a transparência e a aderência normativa dos fundos.
Além disso, o conceito de “novos projetos” foi ampliado para incluir empreendimentos em andamento, oferecendo maior flexibilidade aos gestores. Prazos legais também foram estendidos:
A Resolução CVM 175, em vigor desde outubro de 2023, consolida e simplifica as regras, aproximando o Brasil dos melhores padrões internacionais e dando mais segurança jurídica ao investidor.
Determinar onde alocar recursos em um FI-Infra exige compreender os segmentos com melhor projeção de retorno. Destacam-se:
Esses segmentos atraem capital pela previsibilidade de receitas e relevância social.
Investir em fundos de infraestrutura vai além do apelo econômico: envolve benefícios fiscais e estratégias de proteção patrimonial.
Combinando esses elementos, o investidor obtém equilíbrio entre risco e retorno em um mercado sólido.
Apesar das vantagens, o ambiente macroeconômico apresenta alguns desafios que devem ser considerados para uma análise completa:
Conhecer esses riscos e adotar uma estratégia de médio a longo prazo é essencial para mitigar impactos.
O mercado de fundos de infraestrutura no Brasil atravessa uma fase de robustez graças à convergência entre legislação favorável, protagonismo do setor privado e relevância social dos projetos.
Para o investidor, essa é uma oportunidade de diversificação, proteção contra inflação e potencial de ganhos consistentes. Restam desafios, como juros elevados e liquidez, mas uma análise criteriosa e o horizonte de médio e longo prazo apontam para um cenário repleto de oportunidades.
Agora que você compreende os aspectos técnicos, fiscais e de mercado, é o momento ideal para incluir fundos de infraestrutura em seu portfólio e contribuir para o desenvolvimento do país.
Referências